18.9.09

CINEMA E PSICANÁLISE


O cinema, como as demais artes, muitas vezes põe em cena o que na vida cotidiana não percebemos. Seja na forma como seus personagens são construídos ou no modo como lidam com os eventos que constituem a trama do filme, o cinema pode revelar o que se passa na cena inconsciente. São apresentados, aqui, filmes que narram as diversas maneiras como o sujeito constrói as histórias que habitam esta cena, caracterizando as figuras clínicas da neurose, perversão e psicose. Essas figuras clínicas nem sempre se conformam à sociedade e podem sucumbir ao estigma de “loucura”. Por isso, também foram selecionados filmes sobre confinamento, demonstrando algumas formas de controle social da “loucura”; assim como outros que apontam o quanto a implicação da sociedade na construção deste estigma pode levá-la a confundir-se com o mesmo. Ressaltando a distinção entre as figuras clínicas e o estigma social da “loucura”, pretende-se, nesta mostra, acompanhada de debates, promover a discussão sobre o que é, afinal, a figura do “louco”.




Bianca Novaes
Curadoria

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